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O Governo Federal anunciou recentemente o novo salário mínimo dos anos de 2023, 2024 e 2025. O aumento no salário mínimo impactará positivamente na vida de aproximadamente 60 milhões de pessoas.
O Governo Federal anunciou na última sexta-feira (6) o novo salário mínimo que deve valer pelos próximos três anos. O último reajuste, que começou a valer a partir de janeiro deste ano, elevou o salário em R$ 112, passando a ter valor mínimo de R$ 1212. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado pelo Governo Federal ao Congresso estabelece o novo salário mínimo para os anos de 2023 a 2025.
Saiba mais sobre o NOVO salário mínimo
No Brasil, o salário mínimo serve como referência para uma parte expressiva da população brasileira. Cerca de 60 milhões de pessoas, entre trabalhadores e segurados do INSS recebem um salário mínimo, sendo assim, dá para se ter uma ideia do grande impacto do novo salário mínimo ou de qualquer outro reajuste feito na remuneração. O salário mínimo é o menor valor previsto por lei que uma empresa deve pagar aos seus colaboradores.
O valor, que é pré-estabelecido, tem o objetivo de preservar o poder de compra do cidadão e também suprir suas necessidades básicas.
No último mês, o governo federal enviou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso Nacional. O projeto de lei reúne dados como os gastos para o próximo ano, além de expectativas do piso nacional. Contendo também possíveis reajustes para 2024 e 2025.
Como prevê o Projeto de Lei enviado pelo Governo Federal, para os próximos três anos, o salário mínimo deve seguir os seguintes valores:
Em 2023, o valor do novo salário mínimo será de R$ 1.294, um acréscimo de 6,7% em relação ao salário mínimo deste ano.
Em 2024, o novo salário mínimo será de R$ 1.337, 2,8% em relação ao valor do ano de 2023 e, por fim, em 2025, o valor subirá para R$ 1.378, uma porcentagem de 2,9% superior em relação ao salário de 2024.
Por que o salário mínimo no Brasil ainda está longe do ideal?
Atualmente, o salário mínimo no Brasil é fixado em R$ 1.212 e sempre esteve muito longe do ideal, que é indicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que é definido em R$ 6.754,33. E o cenário, que nunca foi tão positivo, de acordo com especialistas, necessitaria de um grande ajuste nas estratégias políticas e econômicas para reverter perspectivas e voltar a elevar o poder de compra do trabalhador.
De acordo com dados do Dieese, que estão registrados desde 1994, ano de implementação do real como a moeda oficial do Brasil, apesar de longe do recomendado, a proporção entre o mínimo real e o ideal vem ficando cada vez melhor se levarmos em consideração sua série histórica.
A menor relação registrada foi feita em 1995, quando o salário mínimo era de R$70 e o ideal indicado pela entidade era de R$ 812,78. Desde então, essa relação para o rendimento mínimo de uma família de até 4 pessoas tem melhorado consideravelmente, chegando ao pico de 27,095% em março de 2012.
Inflação impacta no salário mínimo
De acordo com o conselheiro do Conselho Regional de Economia no Ceará (Corecon- CE), Wandemberg Almeida, esse afastamento, se levar em consideração os últimos anos, entre o ideal e o real, se deu pela inflação no preço de produtos e serviços que tem impactado as cadeias econômicas.
Segundo Almeida, infelizmente o reajuste do salário não vem acompanhando a inflação e faz com que várias empresas não sigam essas regras e métricas para manter o salário do trabalhador com ganho real.
Isso acaba gerando prejuízos, e se notarmos a importância disso, veremos que o salário mínimo deve disponibilizar uma moradia digna, uma boa alimentação, transporte, gastos com saúde e educação, entretanto, o valor não atende às demandas, gerando incômodos no final.